sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Dias

Quão bom seria se a vida fosse eterna
Se houvesse vida após a morte.
Se existisse um céu.
Se houvesse um Deus.

Quão bom seria se o nada fosse tudo.
Se a vida representada em um verso fosse mais do que aparenta.
Se a dádiva dos sons não fossem deturpado.
Se o êxito fosse merecido e não necessário.

Quão bom seria se as conquistas fossem passageiras.
Se o homem lutasse dia após dia para sobreviver.
Se a valorização fosse um crime.
Se um beijo fosse uma fraude.

Quão bom seria ser um criminoso nesses tempos
Quão bom seria desvencilhar dos méritos.
Quão bom seria devanear por um só dia.
Entrar em um mundo de ilustre fantasia.

Um mundo meu, um mundo seu.
O céu de todos, o Deus de todos.
A alegria do convívio, a dor da perca.
Quem dera eu mudar as coisas e fazê-las eternas.

(Em memória de Rosana Melete Freitas - Amiga e mãe "adotiva")

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Brevidade

Anormalidades da vida.
Esquecimentos casuais.
Atemporais...
Surreais!

Fragilidade humana.
Brutalidade humana.
Insanidade humana.
Realidade humana.

Quiseram os rios domar.
Os céus ganhar.
A vida vencer.
Morte é prêmio à quem quiser ter,

Os vencedores nada herdam.
Hereditário, apenas histórias.
Honra não trás a vida.
Quem dera a morte vencer.

Sobriedade enebriada.
A dura verdade.
A convivência forçada.
A gaiola sem grades.

Quem dera o Nobel.
Quem dera o Alamo.
Quem dera o Olimpo.
Quem dera os céus... Se fossem reais!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Ventos do destino.

Poderia eu, uma vez mais uma metamorfose sofrer?
Mudança... De percepção, de ação, de realização... De frustração.
Atirar-me nos braços do desconhecido.
Me deixar ser arrastado pelos ventos sem destino
Desnorteado, porém descansado, não caminhando com as próprias pernas pra variar.
Apenas deixando ser levado de um lado para o outro.
chegando ao final do caminho e conquistar, quem sabe, algo mais do que uma nova frustração qualquer.

Mais um dia que se passa e os ventos continuam a me carregar.
Agora rumo ao solo em queda livre pareço estar.
Mas o vento me sustenta, disso eu sei.
Já me elevou muito alto, agora ele acredita que eu devo mais baixo voar.
Fora do radar, fora de alcance.Isolado e longe do risco.
Mas qual seria esse risco? Nada pior que o ser só...
Levado e levado... Mais baixo e mais baixo. Voo rasante e solo.

Os instrumentos de voo já foram há muito perdidos.
Mas pra onde ele me leva não há necessidade de direção certa.
Apenas a vontade é que nos leva.
Vontade... Vontade... Vontade!
Vontade de ser, de estar e de usar de forma melhor.
Os dias passam e meu voo continua.
Não sei quando chego, mas é certo que um dia irei pousar.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Pensamento brando

As vezes e por vezes penso comigo mesmo, onde estão aqueles que há tempos eram tão bons e populares?
Olho ao redor e vejo semblantes tristes e cansados, famílias abaladas e algumas destruídas. E quando me dou conta, lá estão eles.
Imagino, ou tento imaginar o que possa ter acontecido, a altivez talvez?
A certeza de sempre conseguir algo fácil pela "fama"?
Já dizia um poeta, tudo em excesso faz sucesso. Mais não quer dizer que realmente seja bom ou que valha a pena dedicar-se àquilo.
Esses mesmo altivos, soberbos e belas pessoas, não mais se vangloriam pela pressa a qual os levaram até à vida de hoje.

A necessidade de se mostrar, ser visto, aparecer, ser notado.
Essa hoje é, talvez, a maior "qualidade" do ser humano moderno.
A forma ativa ou passiva da necessidade de atenção, não importa qual, é sempre patológica.
Doentes, ávidos por atenção, desejo descomunal de ser admirado.
No século XX a doença do século foi a depressão, e em nossa era?
Será a necessidade de atenção o próximo passo das patologias mentais?

sexta-feira, 28 de março de 2014

Homem de Lata

As vezes os dias começam com aquele ar diferente, pesado, cinzento e chuvoso.
Mesmo nos dias mais ensolarados e festivos, parece tudo culminar no abrir da porta de casa para o trabalho, no levantar da cama ou até mesmo no abrir dos olhos.
A dureza da vida não se faz ao acaso e as vezes não se faz por aqueles que nos são contrários.
A maior tristeza e o que torna os dias mais sombrios e tristes, são os "chegados", os "amigos", os comumente chamados por modismo de BFF.



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O que mais chateia como pessoa são os que me cercam, me vêem, dia após dia. E mesmo assim nada sabem sobre mim.
Não que seja eu ou queira ser o centro de nada(longe de mim os holofotes), mas atenção as vezes cai bem.
Antes o poeta dizia sobre o amor: Que seja eterno enquanto dure.
Hoje se fosse ele repetir a mesma frase, com certeza, não seria referindo-se à esse verbo intransitivo, mas sim, talvez, aos verbos aproveitar, odiar, reprimir, rejeitar, renegar, ruir, destruir.
Parece pesado e pessimista?
Olho ao redor e vejo, e não há o que me desabone nisso.
Se falto com a verdade olhe você também. Já foi-se o tempo em que os bons eram bons, e os maus eram maus. Quanta tolice a minha! Todos sempre foram assim, porém hoje as pessoas aprenderam a usar máscaras melhores.

Felipe Cavalcanti - 28/03/2014

sexta-feira, 14 de março de 2014

MentIRAs

Rebeldia conveniente foi o que escolhi.
Quando as primeiras palavras foram ditas.
Eu sabia de toda a verdade, mais você nem desconfiava.
Você causou a ira quando as confianças foram manchadas.

Arrepende-te e volte!
Mais não implore ou espere perdão.
Não sou teu Deus que te acolhe por seus erros comigo.
Fortes palavras? As suas também foram.

Não me resguardo do trabalho da ofensa.
Despejo o que preciso sem temer a verdade pois a mesma está comigo.
Pense, diga, esboce a reação que lhe couber.
Mais o que lhe apraz é a "irrelutante" falsidade em ti.

Esboço minha ira como quem esboça um bocejo.
Prático e reflexivo, não de espelho. Por instinto!
Meu anseio não é a ruína nem tampouco a desgraça.
Anseio a vida e a luz. Luz das chamas que queimam a mentira.

A vida que se esvai pelas mãos dos corretos em seus mundos.
A vida que vem pelos incorretos no mundo dos outros.
A vida que permanece pelo justo desejo de riqueza.
Poesias de vida e morte não me agradam. Mais que dizer se é esta a verdade?

Felipe Cavalcanti - 14/03/2014

Desafio de poemas Facebook - Apenas versos



Ilusão!
Tudo ficará bem.
Tudo dará certo.
Quando? Onde? Ninguém sabe.

Certeza!
Da morte.
Da vida.
Do pós vida? Talvez!

Talvez!
Venceremos fácil.
Poderá ser difícil
Como saber?

Dias passam.
Nada muda.
Tudo perpetua.
E com eles a ilusão.

Foi-se o tempo!
Onde o palpável era real.
Onde a ilusão era ficção.
E onde o mal era renegado.

Chegou o Tempo!
Os valores invertidos.
Da moral deturpada.
Da família em ruínas.

Nada de culpa do acaso.
Nada de culpa do Céu.
A culpa é de Darwin.
E de sua "Evolução" (Regressão)

Fácil reprimir quem se opõe.
Difícil se expressar quando se está certo.
Homens de valor, mulheres com moral.
Tudo está ruindo, mais é tudo apenas "Ilusão".

Felipe Cavalcanti - 14/03